Seguindo essas regras, o Y é uma vogal, já que foi traduzido do alfabeto grego como I e mantém esse som nas palavras em que é usado, como em ioga. Quando aportuguesada, a palavra originalmente grafada com Y passa a ser grafada com I - como em iene, moeda japonesa. O K corresponde, em português, ao som do C ou QU - como vemos em Kuait -, sendo considerado consoante. Já o W deve ser empregado de acordo com sua pronúncia na língua original, isto é, ora com som de V, quando proveniente do alemão (como Wagner), ora com som de U, quando de origem inglesa (caso de web). Com isso, a letra W é considerada consoante ou vogal, conforme o uso.
Prof.
Clóvis
Mudanças
no alfabeto
O
alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w
e y.
O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z
O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z
As
letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria
dos dicionários da nossa língua, são usadas em
várias situações.
Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não
se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue,
gui, que, qui.
Como
era: agüentar, argüir, bilíngüe, cinqüenta,
delinqüente,
eloqüente,ensangüentado,
eqüestre, freqüente, lingüeta, lingüiça,
qüinqüênio, sagüi,seqüência, seqüestro,
tranqüilo,
Como
fica: aguentar, arguir, bilíngue, cinquenta, delinquente,
eloquente, ensanguentado, equestre, frequente, lingueta, linguiça,
quinquênio, sagui, sequência, sequestro, tranquilo.
Atenção:
o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças
nas regras de acentuação
1.
Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi
e ói das palavras paroxítonas (palavras
que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como
era: alcalóide, alcatéia, andróide, apóia,
apóio(verbo apoiar), asteróide, bóia,celulóide,
clarabóia, colméia, Coréia, debilóide, epopéia,
estóico, estréia, estréio (verbo
estrear), geléia, heróico, idéia, jibóia,
jóia, odisséia, paranóia, paranóico, platéia,
tramóia.
Como fica: alcaloide, alcateia, androide apoia, apoio
(verbo apoiar), asteroide, boia, celuloide, claraboia, colmeia, Coreia,
debiloide, epopeia, estoico, estreia, estreio(verbo estrear), geleia,
heroico, ideia, jiboia joia, odisseia, paranoia, paranoico, plateia
tramoia.
Atenção:
essa regra é válida somente para palavras paroxítonas.
Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas
em éis, éu, éus, ói, óis.
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2.
Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no
i e no u tônicos quando vierem depois
de um ditongo.
Como
era: baiúca, bocaiúva, cauíla, feiúra.
Como fica: baiuca, bocaiuva, cauila, feiura.
Atenção:
se a palavra for oxítona e o i ou o u
estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento
permanece.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3.
Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem
e ôo(s).
Como
era: abençôo, crêem (verbo
crer), dêem (verbo dar), dôo (verbo doar), enjôo,
lêem (verbo ler), magôo
(verbo magoar), perdôo (verbo perdoar), povôo
(verbo povoar), vêem (verbo ver), vôos, zôo.
Como fica: abençoo creem (verbo crer), deem
(verbo dar), doo (verbo doar), enjoo, leem (verbo ler), magoo (verbo
magoar), perdoo (verbo perdoar), povoo (verbo povoar), veem (verbo ver),
voos, zoo.
4. Não se usa mais o acento que di-ferenciava os pares pára/para,
péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s),
pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como
era: Ele pára o carro. Ele foi ao póloNorte.
Ele gosta de jogar pólo. Esse gato tem pêlos brancos. Comi
uma pêra.
Como
fica: Ele para o carro. Ele foi ao polo Norte. Ele gosta de
jogar polo. Esse gato tem pelos brancos. Comi uma pera.
Atenção:
Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo:
Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
Permanece
o acento diferencial em pôr/por. Pôr é
verbo. Por é preposição.
Exemplo:
Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
Permanecem
os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter
e vir, assim como de seus derivados (manter, deter,
reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba.
/ Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm
a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos
estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele
intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as
aulas.
É
facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras
forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento
deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da
fôrma do bolo?
5.
Não se usa mais o acento agudo no u tônico
das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo
dos verbos arguir e redarguir.
6.
Há uma variação na pronúncia dos verbos
terminados em guar, quar e quir,
como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir,
etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do
presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do
imperativo.
Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i
tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b)
se forem pronunciadas com u tônico, essas formas
deixam de ser acentuadas.
Exemplos:
(a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada
mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua,
enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques,
delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção:
no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela
com a e i tônicos.
Uso
do hífen
Algumas
regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas,
como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos,
para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo
das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns,
assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen
em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar
como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém,
arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro,
hiper, in-fra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri,
proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre,
sub, super, supra, tele, ultra, vice, etc.
1.
Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada
por h.
Exemplos:
anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, macro-história,
mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.
Exceção:
subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2.
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente
da vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo,
autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução,
coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura, plurianual,
semiaberto, semianalfabeto, semiesférico, semiopaco.
Exceção: o prefixo co aglutina-se em
geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o:
coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação,
cooptar, coocupante etc.
3.
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e
o segundo elemento começa por consoante diferente de r
ou s.
Exemplos:
anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoproteção,
coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudoprofessor,
semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno.
Atenção:
com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
Exemplos:
vice-rei, vice-almirante etc.
4.
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e
o segundo elemento começa por r ou s.
Nesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:
antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, antissocial,
biorritmo, contrarregra, contrassenso, cosseno, infrassom, microssistema,
minissaia, multissecular, neorrealismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente,
Ultrassom.
5.
Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo
elemento começar pela mesma vogal.
Exemplos:
anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-inflamatório,
auto-observação, contra-almirante, contra-atacar, contra-ataque
micro-ondas micro-ônibus semi-internato, semi-interno.
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se
o segundo elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário,
super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.
Atenção:
Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos:
hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
Com
o prefixo sub, usa-se o hífen também
diante de palavra iniciada por r: sub-região,
sub-raça etc.
Com
os prefixos circum e pan, usa-se o
hífen diante de palavra iniciada por m, n
e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
7.
Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen
se o segundo elemento começar por vogal.
Exemplos:
hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,
interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico,
superexigente, superinteressante, superotimismo.
8. Com os prefixos ex, sem, além,
aquém, recém, pós,
pré, pró, usa-se sempre
o hífen.
Exemplos:
além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno,
ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação,
pré-história, pré-vestibular, pró-europeu,
recém-casado, recém-nascido, sem-terra.
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani:
açu, guaçu e mirim.
Exemplos:
amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10.
Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente
se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas
encadeamentos vocabulares.
Exemplos:
ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
11.
Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam
a noção de composição.
Exemplos:
girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé.
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição
de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com
o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exemplos:
Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-alunos.
O diretor recebeu os ex-alunos.
Resumo
Emprego
do hífen com prefixos.
Regra básica - Sempre se usa o hífen diante de h:
anti-higiênico, super-homem.
Outros
casos:
1. Prefixo terminado em vogal: Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
Sem hífen diante de r e s.
Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
1. Prefixo terminado em vogal: Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
Sem hífen diante de r e s.
Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2.
Prefixo terminado em consoante:
Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações:
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc.
Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc.
Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2.
Com os prefixos circum e pan, usa-se
o hífen diante de palavra iniciada por m, n
e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3.
O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento,
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação,
coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4.
Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei,
vice-almirante etc.
5.
Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam
a noção de composição, como girassol, madressilva,
mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6.
Com os prefixos ex, sem, além,
aquém, recém, pós,
pré, pró, usa-se sempre
o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar,
recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular,
pró-europeu.