terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O DESAFIO DE LECIONAR FILOSOFIA


Fonte: Célio Yano, Ciência Hoje On-line/ PR

Obrigatória no ensino médio há quatro anos, disciplina não desperta interesse nos estudantes. Filósofos tentam encontrar solução para mudar esse quadro.

Filósofos têm usado uma expressão bastante popular para definir a decisão do Ministério da Educação de instituir, em 2008, a obrigatoriedade do ensino de filosofia para alunos de nível médio. A medida, que, por um lado, é vista como positiva, por outro, teria sido ‘enfiada goela abaixo’, uma vez que não foi precedida de iniciativas que permitissem sua aplicação de modo eficiente.

// Filósofos de todo o país defendem a criação de linhas de pesquisa e até programas de pós-graduação específicos para o desenvolvimento do ensino nas escolas

Tanto é que quatro anos depois da sanção da lei 11.684/2008, que inclui a disciplina de filosofia – além da de sociologia – no currículo do ensino médio, grande parte dos professores está despreparada para lidar com a matéria, constatam os pesquisadores da área. Diante do problema, filósofos de todo o país defendem a criação de linhas de pesquisa e até programas de pós-graduação específicos para o desenvolvimento do ensino nas escolas.

Na Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (Anpof), o tema ganha cada vez mais espaço. No último encontro nacional da entidade, realizado no fim de outubro em Curitiba, um conjunto inédito de eventos paralelos foi organizado para discutir os problemas e as possíveis soluções envolvidas com a questão.

Para Patrícia Velasco, da Universidade Federal do ABC (UFABC), o primeiro ponto a se refletir é que, apesar de ter relação com a área de educação, o ensino de filosofia deveria ser objeto de estudo por parte de filósofos. “Hoje, o professor que pretende se especializar tem de recorrer a programas de pós-graduação na área de educação”, lembrou, durante o encontro da Anpof.

“Acredito que há pressupostos filosóficos no ensino de filosofia, como a própria identidade da filosofia”, disse. “Diferentes respostas geram diferentes métodos de ensino.” Daí viria a necessidade de criação de programas de pós-graduação, em filosofia, voltados para a pesquisa sobre ensino, o que ainda não existe no Brasil.

Embora não seja consensual, muitos pesquisadores defendem a criação de mestrados profissionais em filosofia para aprimorar a formação de professores de educação básica. O modelo seria o mesmo do Profmat, programa de especialização financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para professores de matemática da rede pública.

O consenso entre os pesquisadores da área é que, diferentemente de outras matérias, a filosofia não pode ser ensinada por meio da simples transferência de conhecimento para os alunos. “Professor e estudante são, simultaneamente, sujeito e objeto da disciplina”, definiu o filósofo Luciano Kaminski, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e professor do ensino médio em Curitiba.

Para ele, o modelo engessado da educação básica no Brasil é outro entrave para a evolução do ensino de filosofia. “É preciso repensar o tempo de aula, a abrangência do conteúdo e os métodos de avaliação.”

À carência de políticas voltadas para a formação de professores de filosofia, soma-se o que o filósofo Filipe Ceppas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, considera a falência do atual modelo escolar. “Nossa escola nunca foi suficientemente republicana nem democrática, por estar baseada em princípios como a disciplinarização e a meritocracia”, afirmou. “A filosofia e os professores de filosofia têm muito a contribuir no sentido de reverter essa situação, mas o debate precisa ser horizontal, ou seja, deve envolver toda a comunidade filosófica.”

-- A experiência dos professores

Enquanto se discutem medidas políticas para a melhoria no sistema de ensino de filosofia, professores de nível médio lançam mão da criatividade para obter resultados em suas aulas. Algumas iniciativas foram apresentadas no encontro da Anpof.

O professor Rui Valese, do Colégio Estadual Deputado Arnaldo Busato, de Pinhais (PR), por exemplo, conseguiu estimular estudantes de primeiro e segundo ano a refletir sobre conceitos de felicidade e satisfação com um método que envolveu diálogos interdisciplinares.

O objetivo era, por meio dos quatro passos do método cartesiano para construção da verdade, responder a uma pergunta: “O McLanche Feliz traz felicidade?”

Com auxílio de professores de biologia e química, os alunos estudaram a composição química de lanches da rede de lanchonetes McDonald’s e os efeitos que os ingredientes podem ter no organismo humano. O objetivo era, por meio dos quatro passos do método cartesiano para construção da verdade, responder a uma pergunta: “O McLanche Feliz traz felicidade?”

Para ensinar filosofia política, a professora Joselaine Perin, da escola estadual Ceciliano Abel de Almeida, em São Mateus, no Espírito Santo, organizou uma viagem de 350 km para levar seus alunos à Assembleia Legislativa do estado, localizada na capital, Vitória. Coincidiu de, no dia da visita, encontrarem os servidores da Casa em greve por melhores salários, e os deputados em sessão na qual votavam o aumento dos próprios vencimentos.

“Conseguimos abordar um parlamentar e os alunos questionaram o que estava acontecendo”, contou. Segundo Perin, há muita dificuldade de se trabalhar com textos clássicos com os alunos, uma vez que muitos deles chegam ao ensino médio ainda semialfabetizados.

“O maior erro é usar a metodologia do ensino universitário”, disse o professor Renato Velloso, do Instituto de Educação Governador Roberto da Silveira, em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio de Janeiro. Velloso é autor de Lecionando filosofia para adolescentes, livro que descreve métodos de ensino que professores da área podem seguir.

A ideia é compartilhada por Danilo Marcondes, coordenador da área de filosofia na Capes. “Estamos acostumados a dar aula para alunos de filosofia, que, supõe-se, têm interesse pelo tema. Os alunos de ensino médio são obrigados a estudá-la”.

A verdadeira importância da raça negra nas Olimpíadas de 2016


Publicado em  por apocalipsetotal

Quem assistiu a cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Londres 2012  pode ter achado que finalmente o governo brasileiro resolveu dar valor à raça negra, mas os verdadeiros objetivos estão muito longe disso.
Umbandistas e comunistas (sim! infelizmente estamos saindo da fase do socialismo)  se inspiraram no princípio do cristo cósmico Baha’u’llah sobre a “Eliminação de todos os tipos de preconceitos”, onde supostamente uma das metas é acabar com o racismo, mas na verdade  criaram um festival de paganismo e aumento de preconceito para as olimpíadas de 2016.
Umbandistas esperam que o “deus”  Zé Pilintra se transforme no espírito  guia do Rio de Janeiro. Se esse for o tempo do verdadeiro e único DEUS isso representa um bom sinal, pois a tão esperada manifestação espiritual de Baha’u’llah e de outros espíritos guias que sairão do abismo terá que acontecer antes desse evento, mas mesmo assim não podemos marcar uma data.
Zé Pilintra é um artifício usado por satanás para esconder um demônio do alcoolismo. Essa entidade é conhecida na umbanda por estar nos bares, nos jogos de azar e levar  pessoas para a sarjeta, onde muitos mendigam  um gole de cachaça.
Para representar esse espírito guia no encerramento das Olimpiadas de Londres foi escolhido o cantor chamado Seu Jorge. Observe na foto abaixo que ele usa as mesmas roupas brancas e chapéu  do Zé Pilintra. Um pouco mais adiante aparece um tal de jogador chamado Pelé que foi transformado  em branco pela mídia iluminista e pelo dinheiro que ganhou. O terno de cor escura que ele está usando representa outra  personificação do Zé pilintra que é o Zé Pretinho  no catimbó, um tipo de  umbanda que atende os  padrões europeus.
A indução para o vício ao alcoolismo nas Olimpíadas do Brasil é uma realidade, pois a “Lei Geral da Copa”  está tentando abrir passagem para esse abismo. O alcoolismo é uma das formas que satanás usará no final dos tempos para levar muitas almas :
“nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.”  (I Coríntios 6 : 10)
O paganismo iniciado em Londres continua no Brasil na forma da canção feita para as Olimpíadas chamada “deuses do olimpo ”. O clip tem a direção de  Estevão Ciavatta, ele dirige  vários programas imbecilizantes  e manipuladores como o da sua esposa global Regina Casé.
O clip parece uma versão ridícula da música “We are the Word” criada por Michael Jackson e Lionel Richie em 1985. A diferença é que ninguém está fazendo  uma suposta caridade e sim implantando o racismo comunista do PT e seus aliados.

Apolo é representado por um surfista “saradão” .  O deus Posseidon não aparece, mas quando seu nome é mencionado na  música entra em cena um humurista negro da rede globo Helio de la Peña nadando no mar. Ora, sendo os deuses do olimpo brancos fica evidente que o humorista negro está fazendo o papel de um demônio chamado Telquines, segundo a mitologia  Posseidon foi  criado  na ilha de Rodes por esses seres, ou seja, aqui temos uma comparação da raça negra com demônios. Afrodite  é representada por uma atriz global branca que exibe o seu corpo como mercadoria. Uma afronta e discriminação para as mulheres que também são chamadas de corpos  não pensantes. Afrodite na umbanda é compatível com a deusa pomba-gira .O deus Dionísio, uma personificação européia para o Zé Pilintra, aparece bebendo até cair na rua.
Esse estratégia usada pelo PT e aliados de transformar  pessoas em apenas corpos encontra-se disponível na  cartilha do MEC chamada “Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais” que foi colocada em prática pelo ex Ministro da Educação Fernando Haddad, candidato a prefeito de São Paulo. Segundo a cartilha,  o negro é apenas um corpo em movimento do ecossistema primitivo ou a parte cósmica não pensante e coletiva:
Em uma outra cena temos um rapaz negro e forte  carregando algo parecido com  uma máquina de lavar roupa nos ombros que fica sambando  como um mestre-sala. Isso é um  exemplo de trabalhador para os investidores racistas da Europa. Esse novo clip mostra um Brasil de tribos e que ainda não é civilizado.
O partido do governo lula anda investindo muito em mão de obra barata, ainda mais depois da criação de cotas para negros nas universidades, pois quando estiverem formados no futuro (isso se existir futuro) estarão ganhando menos que um branco.
CRÉDITOS: http://apocalipsetotal.wordpress.com/2012/09/10/a-verdadeira-importancia-da-raca-negra-nas-olimpiadas-de-2016/

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE OBRIGATÓRIA DESDE A BASE


Sexta-feira, 07 de Dezembro de 2013
Fonte: Isaac Roitman(*), Correio Braziliense de 28.01.2013
Os tributos obrigatórios fazem parte da nossa história. No Brasil colônia, era obrigatório o pagamento de tributos à Coroa Portuguesa para financiar as expedições colonizadoras e proteger a costa brasileira contra saqueadores. Os impostos da metrópole recaíam sobre a comercialização do pau-brasil, das especiarias, do pescado, do ouro, da prata e das pedras preciosas.

Ao longo dos anos, dezenas de inúmeros tributos foram introduzidos. Cito alguns muito conhecidos: IR (Imposto de Renda), IE (Imposto de Exportação), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), PIS (Programa de Integração Social), IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).

A imensa lista de tributos foi idealizada por diferentes governos, que utilizariam a arrecadação para beneficiar toda a sociedade. Infelizmente, isso quase nunca acontece. Os benefícios e serviços públicos nas áreas da saúde, da educação, da segurança, das moradias, da mobilidade urbana etc. são de baixa qualidade, devido à ineficiência administrativa ou por desvios de recursos públicos em um cenário cultural em que se dá mais importância aos interesses pessoais que ao coletivo.

A ideia que tentarei introduzir neste artigo é a de uma cobrança feita pela sociedade ao Estado para que possamos ter, no Brasil, uma educação de qualidade em todos os níveis de ensino (infantil, fundamental, médio e superior). Seria um tributo invertido, que não envolveria nenhum pagamento em moeda e no qual a sociedade cobraria do Estado o cumprimento de uma imposição constitucional.

O artigo 205 da Constituição diz que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família. O item VII do artigo 206 garante ao ensino um padrão de qualidade. Em vez disso, o que predomina é um ensino de massa, com número excessivo de alunos em sala de aula e professores com formação deficiente, com salários vergonhosos e desmotivados. As escolas carecem de infraestrutura mínima e são desprovidas de condições para aproveitar as tecnologias modernas de informação e de comunicação.
O que é preciso é a conquista da garantia, para todos os brasileiros, de uma educação que permita progressos dentro do contexto social, econômico e político, não um discurso teórico apregoado em nossas leis. Assim, a escola deveria assumir valores que estimulem a autonomia dos alunos e os oriente para o respeito a si mesmos e aos demais e para a solidariedade. Além disso, que os prepare para respeitar a natureza, compreender e conviver com a diversidade cultural e fazer o que estiver ao seu alcance para trabalhar pela paz e pela igualdade de seus semelhantes.

Os professores que só repetem o que leem seriam substituídos pelas tecnologias avançadas de informação e deveriam atuar como facilitadores e mediadores, estimulando a formação cultural e humanista dos estudantes. Como prega Edgar Morin, a educação deve favorecer a aptidão natural da mente de formular e resolver problemas essenciais e, de forma correlata, estimular o uso total da inteligência. Esse uso total pede o livre exercício da curiosidade, a faculdade mais expandida e mais viva durante a infância e a adolescência, que, com frequência, a instrução extingue e que, ao contrário, se trata de estimular ou, caso esteja adormecida, de despertar.

O não cumprimento dos preceitos constitucionais deveria resultar em penalidades a todos os responsáveis pelo insucesso educacional. É pertinente a construção de indicadores que possam avaliar a qualidade da educação como instrumento para punir os gestores públicos responsáveis por sua inadequação no nível federal, estadual e municipal. Assim como a população é punida quando não cumpre as regras dos tributos obrigatórios, os gestores deveriam ser também punidos quando cúmplices de um sistema educacional sem qualidade. O tribunal para julgar a improbidade administrativa seria a sociedade, por intermédio das entidades organizadas da sociedade civil, em um processo permanente de acompanhamento e a avaliação da qualidade do ensino.

É importante lembrar que a qualidade da educação do presente modelará o futuro do Brasil. É também importante lembrar o pensamento de Immanuel Kant: "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele".

(*) Isaac Roitman é Professor emérito da Universidade de Brasília e membro titular da Academia Brasileira de Ciências.


Cultura Negra e Corpo. Por: Sodré, 1996


MULHERES NEGRAS X MERCADO DE TRABALHO


    É visível que a mulher negra tem desvantagens no acirrado mercado de trabalho. A escassez de oportunidades é sentida fortemente por essas mulheres. Observa-se que os maiores percentuais da mulher negra no universo do trabalho encontra-se relacionados ao emprego doméstico, sendo que essa atividade é extremamente desvalorizada e estigmatizada pela sociedade.
                     

     Mesmo nessa era, caracterizada pelo super avanço da ciência e também da tecnologia, a mentalidade de alguns indivíduos parece ainda estar com laços arraigados no passado.
                      

    Infelizmente, parece que o lugar e as atividades destinadas a mulher negra "como local e forma de trabalho" permeia nos imaginários como subalternos ligados aos trabalhos manuais e a cozinha. Essas atividades são caracterizadas por baixos salários, jornadas de trabalho elevadas e de na sua grande maioria estarem À margem da legalidade.
                            

   Alguns casos são extremamente absurdos, pois apesar de ocuparem o mesmo cargo ou função, as mulheres recebem salários inferiores as mulheres brancas. De acordo com SILVA (2003) as mulheres negras que conseguem conquistar um cargo melhor dependem de maior força que outros setores da sociedade. Até hoje ainda paira no ar o legado da escravidão, assim é difícil a mobilidade ascensional da mulher negra na conquista de um emprego melhor, pois a maioria das suas antepassadas sempre trabalhou na informalidade, ou como empregadas domésticas.
                        

    Essa aparente falta de espaço para as mulheres pode ser revertida através da conscientização e educação. Somente com uma boa formação escolar essas mulheres poderão se empregar, exigir seus direitos e afirmar seus espaços na sociedade.



Referência: SILVA, Maria Nilza da. As mulheres negras. Revista Espaço Acadêmico. Ano II - Nº 22, Março de 2003.