sábado, 27 de junho de 2015

Reflexão sobre a Homossexualidade no EUA X Homossexualidade no Brasil.



 Em 12 de março de 2007, escolas britânicas introduziram contos infantis com temática gay para crianças entre quatro e 11 anos de idade, conforme matéria exibida no BBC Brasil.
“A iniciativa piloto foi criada para familiarizar as crianças com as relações homossexuais e adaptar o currículo a um conjunto de novas leis que entra em vigor em abril, conhecido como Ato de Igualdade, que visa reduzir desigualdades sociais e eliminar discriminação no país. Uma das fábulas, King & King (Rei e Rei), conta a história de um príncipe que rejeita três princesas antes de se apaixonar e se casar com o irmão de uma delas. Outro conto de fadas mostra uma menina com duas mães e há ainda uma história sobre a relação de dois pingüins machos em um zoológico de Nova York.” Relata a reportagem.
 Elizabeth Atinkson, da Universidade de Sunderland, em entrevista ao jornal Daily Mail, disse que “O objetivo é ajudar as escolas a atingirem seus requerimentos sob o Ato de Igualdade. Há muito pouco disponível no momento para permitir que eles atendam às necessidades de todos os alunos”.
Não se enganem quem acredita que não houve grande oposição a tal medida. Católicos, Evangélicos e os mais conservadores se opuseram a decisão, conforme podemos perceber na fala de Simon Calvert, do Instituto Cristão: “As previsões de que as novas leis resultariam na promoção ativa da homossexualidade nas escolas estão virando realidade”.
Ontem, 26 de Junho de 2015, os homossexuais dos EUA, conquistaram por fim, a legalização do casamento Gay. No entanto é interessante percebermos que desde 2007, já iniciava uma preparação em um dos aspectos mais importantes para evolução de uma sociedade: a Educação. A preocupação de que os “homofóbicos” são frutos de uma sociedade preconceituosa, machista, logo, educar nessa perspectiva de respeitar as diferenças é de suma importância.
Não temos ainda no Brasil, nas nossas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, reformulada pela ultima vez em 2013, nada específico sobre homossexualidade. Temos sim, na página 514, o início das Diretrizes em Direitos Humanos. Portanto, a base nacional não respalda a esfera nacional, tão pouco a municipal para este plano. O que não significa dizer que muitos estados e muitos municípios pela autonomia que tem, diante suas especificidades, flexibilizar seu currículo, porém, não esqueçamos que ainda somos(enquanto sociedade), racistas, machistas e homofóbicos.
E agora, cabe a quem esses “convites” de mudanças?
Mudanças essas que obrigatoriamente iniciaria em qual esfera: nacional, estadual ou municipal?
Penso que numa cidade primária como muitas que temos, localizada no agreste, algumas pessoas que detém o “poder legislativo”, não compreendem ainda a suma importância da escola está atenta a essas diferenças, no entanto, acredito que se o nacional faz uma emenda, o estadual assim, faria e obrigatoriamente o município faça.
Ora, se cobra hoje das escolas municipais se lembrar do negro e da sua cultura por que os Movimentos Negros do Brasil inteiro lutaram e conquistaram, então, gostando ou não, professores da rede(que como parte de uma sociedade racista, também assim, muitos são) terão que cumprir. É lei federal! Modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(LDB).
Portanto, gente, precisamos lutar, precisamos ocupar os fóruns, precisamos ocupar conselhos, precisamos ocupar as ruas, com respeito e seriedade. Pois por aqui, as coisas não andam bem! O percentual de violência relativo as questões LGBTT não são pequenos, vemos jovens sendo espancados, mortos todos os dias por serem apenas diferentes.
É preciso preparar nossas crianças, nossos adolescentes, nossos idosos, nossas professoras, vereadores, pais e mães, enfim, toda uma sociedade para conceber o que é de direito: o Respeito às Diferenças.

Enquanto não se existe a reforma da Constituição brasileira vamos respeitá-la fazendo-a valer. Inclusive valer os direitos do diferente, daqueles que sempre foram inferiorizados por uma camada da sociedade que ainda hoje se sente superior, seja por questões raciais, sexuais, genêro e/ou pelo status ocupado na sociedade (classe).

Vamos fazer valer sim o inciso IV do artigo 3º da Constituição:

“promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.

Sai da moda e vem pra luta, pra articulação, pra ocupação dos espaços!




Teresa Raquel Silva
Professora


sexta-feira, 5 de junho de 2015

Lourdinha Troeira e o Instituto Musical Villa Lobos


Um dos grandes ícones da promoção de aprendizagem da música clássica e popular brasileira na Cidade de Caruaru, chama-se Lourdinha Andrade Troeira, famosa pela Escola de Musica Instituto Musical Villa Lobos.
Ex aluna e admiradora desta grande mulher, a qual mãe de três filhos: Tadeu, Karen e Kleber, dona Lourdinha (como é mais conhecida) agitou o palco do Auditório da antiga Rádio Difusora de Caruaru com suas famosas audições desde a década de 70. 
Grandes nomes da nossa cidade foram alunos da estimada professora de música, aprendendo a espalhar alegria pelo mundo através da expressão musical com Piano, Acordeon e o teclado, com a "modernidade".
Deleitemo-nos com algumas fotografias do Instituto Musical Villa Lobos e um pouco da história da nossa eterna Professora Lourdinha Troeira.



  Na foto acima vemos seus pais, João Andrade Sobrinho e Maria Augusta de Andrade. "Foram meus incentivadores nesse mundo da música. Compraram cedinho uma sanfona e um piano para que eu e minha irmã Gracinha Andrade", como podemos ver na foto abaixo, tocando o tango Sentimento Gaúcho em 1964.


Em 1970, Lourdinha recebeu troféu de 1º lugar das mãos do Juiz de Direito Dr. Plácido de Souza, pela composição da musica Valsa Triste, realizado pela professora Terezinha Barbalho (irmã do grandioso Nelson Barbalho). Neste mesmo concurso, recebeu ainda o troféu de 4º lugar pela música O Chorinho.




Da comissão julgadora do concurso faziam parte: Um coronel e a esposa (os quais não lembra o nome), Dr. Plácido Souza, Maestro Joaquim Augusto e Mariana Lima, conforme foto abaixo.


Muito dedicada aos filhos, dividindo o tempo com os afazeres da casa, cuidar dos filhos (desejando que eles seguissem seus passos em relação a música) e ensinar a dezenas de alunos o ofício da música. Nas audições, sempre estava ladeada pelos filhos e acompanhada de seu esposo, Júlio Troeira. Na foto abaixo, podemos ver a Audição do Instituto de 1978, onde tocou com sua filha Karen Andrade (na foto com apenas 4 anos) e seu filho, Tadeu Andrade.


Ladeada pelo esposo Júlio Troeira em Audição.







Em 1971, o Acordeon era a atração do momento!





  

 A beleza e a postura de Lourdinha era encantadora a todos que viam como aquela bela jovem dominava com tranquilidade e harmoniosamente o acordeon.



Recentemente, Lourdinha Andrade Troeira recebeu em sua Escola de Música pessoas que aprendem o ofício da música e contribuírem para a continuidade da arte musical, a exemplo de dona Graciete e de Geruza (Intérprete de Libras).


Entre estas alunas estão Dagmar, Marina e outra a qual não lembramos o nome.


Entre seus alunos estão Berinho do Acordeon, Teresa Raquel (esta que vos escreve), Rogaciano, Belkys Araújo de Menezes, Fabiana Florêncio, entre centenas que irão se reconhecer ao ler este trabalho e que se quiserem poderão solicitar inclusão do nome neste.Vejamos algumas fotografias mais atuais.

No aniversário de Lourdinha e do Instituto na ACACIL.
 

Em 1988, recebeu o título de Cidadã Caruaruense, onde dentre de algumas homenagens
recebidas pelo título, estava um diploma pelo Lions Clube por ser Lioness do referido 
Clube de Serviços.




Atualmente, Lourdinha Andrade Troeira, continua com seu Instituto e as aulas acontecem
em sua residência, na Rua Silvino Macedo, 206- Centro.
Todo ano presta homenagem por devoção a Santa Cecília, Padroeira dos Músicos e na 
ocasião realiza audição com atuais e ex-alunos.
Nomes como Paulo e Vandete Miranda, Dr. Leite, Fábio Cássio, vendo a homenagem feita pelo neto Lucas Andrade e a aluna Teresa Raquel em dia de seu aniversário e aniversário do Instituto em evento ocorrido na ACACIL.

A ex-aluna Teresa Raquel, recebendo seu Diploma pelas mãos de Lourdinha Troeira (esquerda) e sua filha Karen (direita)


Mais que nunca o Instituto Musical Villa Lobos vive e continua levando alegria, através da
música as famílias amantes da boa música no País de Caruaru.


Texto e pesquisa: Teresa Raquel Silva
Fonte: Acervo fotográfico da sra. Lourdinha Andrade Troeira.