EDUCAÇÃO: CAMINHO PARA A CONSCIENTIZAÇÃO POLÍTICA
Em uma das muitas estradas que já percorri, percebi uma bonita mensagem na parede de um viaduto que dizia: “Para Jesus não eziste impocivel. Fale com Ele.” Ao mesmo tempo pensei na veracidade da frase, soltei (desculpe a sinceridade) um breve riso pela grafia não padrão, encontrada na frase.
Mas, duas coisas despertaram-me. A primeira é que mesmo com erros ortográficos, a mensagem foi passada e detectada por todos que ali passavam e a refletiam e isso nos lembra Bagno em seu livro “A língua de Eulália”, no qual nos diz que não existe linguagem errada, quando se é compreendido o dito (2002, p.35).
No entanto, outro aspecto ficou mais acentuado e posso dizer inclusive, preocupante: a relevância da educação em nossos dias, numa sociedade capitalista, um sistema neoliberal. Não vos falo de uma educação que reporta apenas gramática e regras ortográficas, mas, aquela que faz o homem, a mulher, seres críticos e reflexivos, perdendo a “casca” da “superficialidade”, que permite as pessoas serem manipuladas pelas mãos que oprimem, que detém o poder dentro das esferas política, educacional e até mesmo religiosa.
Quem são o alvo dessas esferas, para quem elas são instrumentalizadas? Será que o sistema minimamente calcula, pensa, arquiteta a educação e a política para os intelectuais, para aqueles que tem liberdade de pensamento usando sua criticidade e autonomia? Por que será que o Brasil é um país de analfabetos? Por que nossas escolas ao contrario de resgatar valores, são ainda, alvo de violências simbólicas e até mesmo físicas? Por que será que embora o discurso educacional seja ético e moral, enquanto “educação” ainda somos autoritaristas, opressores ( aqui muito lembro as formas de avaliação)?
Educação deve ser autônoma. É o princípio do ser critico pensante, ético e político. Abre caminhos, ajuda a encontrar soluções, alternativas, coragem de lutar, de vencer com seu próprio suor e dizer não ao político que tenta comprar votos e amanhã, um outro dia vai querer que o seja seu fantoche. Educação faz dizer sim ao que é de valor e não ao sistema opressor.
Agora reflitam queridos leitores: “ Por que será que temos em nosso país www milhões de analfabetos?
É com essa reflexão que a Teia da Amizade propõe alfabetizar nossos irmãos e irmãs que ainda não sabem ler. Não desejamos, nem sonhamos, queremos e estamos fazendo um Brasil sem analfabetos.
Paz e bem!
Teresa Raquel Silva.*
* TERESA RAQUEL SILVA. Professora graduada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru e Pós- graduanda no curso de Psicopedagogia pela mesma faculdade. Atualmente trabalha na rede municipal de Caruaru, na Escola Laura Florêncio. Participou da Escola de Fé e Política e da Pastoral da Universidade. É colaboradora do CEBI (Centro de Estudos Bíblicos) e hoje honradamente, integrante da Teia da Amizade: Timoneiros da Esperança.
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