segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O PROFESSOR DE PROINFO E O COMPROMISSO SOCIAL


O PROFESSOR DE PROINFO E O COMPROMISSO SOCIAL

            [...] educar em uma sociedade da informação significa muito mais que treinar as pessoas para o uso das tecnologias de informação e comunicação: trata-se de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais

sofisticadas. (...) de modo a serem capazes de lidar positivamente com a contínua e acelerada transformação da base tecnológica”.

                                                                             (TAKAHASHI, 2000, p. 45).

 
            Como propõe o autor, mais que informações, o “centro tecnológico” das escolas, ou as conhecidas “salas de informática”, precisa investir numa atuação que colabore com a vida de cada educando/a da unidade escolar. De maneira que o mesmo perceba que a tecnologia necessita ser utilizada a favor da vida humana. Logo, a importância de sermos em nossas salas de PROINFO, mais que técnicos de informática, ou de pessoas que colocam joguinhos quando falta um professor na escola, fazendo da sala algo superficial onde as crianças, nossos jovens e adultos creiam que vão pra lá apenas jogarem ou simplesmente acessar suas redes sociais, ou pior, que seja lembrado pelos educandos/as como: “faltou professor, vamos ao PROINFO”.
            O professor da sala de PROINFO é desafiado todos os dias a inovar suas aulas, convidando os alunos a usarem as tecnologias com compromisso e responsabilidade. Uma vez que, muitos consideram a internet uma estrutura anárquica, no sentido de não se ter mais controle sobre ela, é preciso educar nossos educandos e educandas a utilizá-la para que não sejam manipulados pelos artifícios que muitos usam para práticas irregulares, a exemplo de diálogos com pedófilos, deixar comentários em fóruns, blogs ou outros sites com ideias racistas, preconceituosas, violentas, mal educadas, pirataria, entre outras ilegalidades.
            Como todos sabem a internet tem coisas muito boas, inclusive para nosso crescimento pessoas, espiritual e intelectual, como também, conteúdos que podem ser convertidos, a exemplo de uma pesquisa que pode ser feita e elevar os conhecimentos do pesquisados, ao que “rouba ideias” dos outros, com o famoso “ctrl c, ctrl v” e ainda é desonesto com o professor a ponto de confirmar a criação, não passando a mesma de um plágio.
            Fica-nos o convite de nunca esquecermos que somos professores, que a sala de PROINFO é uma sala de aula como outra, onde o PC fará o papel do caderno, do livro, do dicionário e o teclado fará o papel do lápis, da caneta, da borracha.
 Enfim, somos professores e professoras e as exigências diante da globalização exigem de nós praticidade, criatividade e responsabilidade social. Como dizia Freire, é preciso que ultrapassemos nossas “áreas de conforto” e sejamos educadores e educadoras, pelo compromisso que aceitamos quando decidimos trabalhar com VIDAS dentro da instituição escolar.
            Como disse silenciosamente a gravura acima, que dos nossos pc´s sejam produzidos muitas coisas boas, jogos sim, com a finalidade, por exemplo, de estimular o raciocínio lógico, rede social sim, com a finalidade de informar coisas úteis, de dialogar respeitosamente com o outro, Google sim, com a finalidade de pesquisar de verdade, de ler, e após recriar o que foi lido, o que foi pesquisado.
   
            Que seja nossas salas de PROINFO, não sejam salas onde se amontoam as crianças, os jovens ou os adultos, mas que seja um espaço colaborativo das aprendizagens. Um recurso a mais para se aprender, uma sala de aula onde o caderno é o PC e o lápis o teclado.


                   Abraços fraternos!

                  Teresa Raquel Silva

Professora do Colégio Municipal Álvaro Lins.